Amora é uma cadelinha preta, simpática e brincalhona que adora passear e descobrir novas aventuras. Nada escapa à sua atenção, especialmente objetos coloridos e em movimento... Ela adora puxar a roupa do varal, esconder meias que encontra pela casa, puxar a pontinha de algo que está dentro de gavetas, correr atrás de passarinhos... Muitas vezes Amora faz confusão, mas há também as ocasiões em que sua curiosidade e esperteza se transformam em atenção e carinho para as pessoas. Criado apenas com imagens, o livro conta uma história graciosa e divertida aos pequenos leitores.

Os vinte e cinco poemas desse livro são um elogio às infâncias e à fantasia. Com texto e ilustrações, Leo Cunha e Anna Cunha passeiam por brinquedos e brincadeiras que fazem parte da história das crianças brasileiras, as de hoje e as de ontem: amarelinha, varetas, pula-carniça, bola, boneca, dominó, esconde-esconde, bambolê, vaca amarela, videogame... Os versos e os livros, e também o gesto de arranjar as palavras em poesia, fazem parte desse inventário, que recria a memória com ritmos, melodias, cores e, claro, sons imaginários da alegria de brincar.

Quando o pai chega em casa após um dia de trabalho, o menino o espera ansioso para brincar. Mas naquele dia a brincadeira do susto logo perde a graça e dá lugar a algo que começa como bagunça e termina como poesia: as almofadas do sofá se transformam em montanha no colo do pai e uma folha de papel branco recortada em círculo se apresenta como lua cheia. Embalado pelos olhares carinhosos da família, o menino ocupa o topo de sua construção e dorme tranquilo sob o luar que ele mesmo imaginou e construiu. A montanha do menino é uma narrativa delicada de intimidade e fantasia.