Bia é uma menina de onze anos apaixonada pela avó, que está doente em um hospital. Em um momento de desespero, diante de uma misteriosa Moça de Preto que surge ao seu lado, afirma que faria qualquer coisa para que a avó ficasse boa novamente. Esse é o começo do Jogo das Casas, do qual, em um mundo paralelo, a menina participará por amor à avó. Depois de passar pelos testes da Mula Roqueira, da Abelha Nervosa e da Jiboia Vegetariana, ela encontra seu maior desafio: consertar ininterruptamente a casa onde a avó viveu nesse estranho lugar. Com a ajuda de um casal de urubus e os estímulos da Moça de Preto, Bia aprenderá muito sobre a finitude nessa aventura.

A princípio aparentemente desconexas, as histórias dos muitos personagens que compõem essa envolvente e comovente narrativa se encontram em um parque, em um sábado. Um menino abandonado pelo pai na infância, uma moça aniversariante, um jogador de futebol, um policial e seu filho, um homem velho abandonado pela família... Todas essas vidas, com suas alegrias e seus dramas, fazem um mosaico de pequenos episódios que tratam de existências comuns, oferecendo ao leitor a possibilidade de juntar as partes em um único fio ou de experimentar fragmentos de enredos singulares.

Essa história começa com um sonho: Bia é acordada por um grito e se depara com uma estranha personagem, que pede sua ajuda para salvar Carol, sua melhor amiga que sofreu um acidente e agora habita o País do Quase, um lugar de passagem entre a vida e a morte. Juntas, as duas vivem uma aventura, tentando entender os mistérios e as armadilhas do País do Quase e buscando o retorno para suas vidas reais. Nada é o que parece nesse mundo mágico onde os limites entre o bem e o mal são tênues. Somente a esperteza e o sentimento de amizade entre duas meninas são capazes de desvendar os enigmas que se apresentam.