O balão vermelho que o menino ganha de presente da mãe se torna um convite para muitas aventuras, algumas imaginárias: uma corrida ao vento, um passeio pelo céu, a observação do alto de bichos e personagens andando pelas ruas da cidade, a visão do topo das montanhas entre as nuvens... Objeto de fantasia, o balão se torna um companheiro de brincadeiras, mas também lembra ao menino que somos marcados por pequenas perdas e que elas podem, quase sempre, se tornar experiência. A narrativa, feita apenas com ilustrações, é um elogio à infância e às suas possibilidades de invenção.

Um menino usa parte do material reciclável que seu pai cata na rua para fazer uma colagem na parede de seu quarto. Seu painel ganha a admiração da família e dos amigos, que festejam as artes do menino. Mas, quando a atenção de todos se desvia do painel para o canto de um pássaro na rua, o pequeno decide capturar o pássaro, para mais uma vez trazer para si o olhar de todos. Encantado e inspirado pelo canto do pequeno animal, ele começa a construir com seus próprios desenhos um novo cenário e se vê convocado a compreender que não pode aprisionar a beleza. Narrada apenas com imagens, a história é uma aprendizagem de pequenas liberdades.